sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Resenha do filme "Quem quer ser um milionário?"

Olá meus caros leitores.
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Alguns diziam que não havia nenhum filme digno a levar o prêmio de melhor roteiro no Oscar 2009.Outros afirmavam que o prêmio seria dado ao menos pior. Eu, talvez por uma questão de cautela, pois só assistira dois concorrentes – O curioso caso de Benjamim Button e O Leitor – concordava com esta afirmação.

Entretanto, ontem tive a oportunidade de deleitar o roteiro do longa vencedor de oito Oscars no último domingo. E, diga-se de passagem, que belo roteiro. Filmado fora dos padrões Hollywoodianos, o diretor Danny Boyle optou por atores formados na Índia, mais precisamente em Bollywood. Talvez por esta ousadia, “Quem quer ser um milionário?” diferencia-se dos outros adversários, porém há gente que afirma com todas as certezas que o filme “Milk – A voz da igualdade” era quem merecia levar a estatueta.

O diretor do filme campeão, Danny Boyle, (Transpoting) conseguiu criar uma trama repleta de emoções e expectativas. Jamal Maiki, personagem principal do filme, é um adolescente resoluto que cresceu no subúrbio de Mumbai e aprendeu muitas lições com a vida, sempre acompanhadas de sua futura paixão e seu irmão.

Inesperadamente, Jamal participa de um programa muito parecido com o Show do Milhão, consegue vencer o prêmio máximo e se torna o mais novo milionário da Índia. Contudo, as autoridades locais não se conformam que um garoto sem estrutura educacional tenha conseguido vencer o jogo, que porventura pessoas estudadas não chegaram nem perto de conseguir.

Ao contrário do que os poderosos pensavam, porém, Jamal buscava as respostas em reminiscências de sua sofrida infância. Contrariando as acusações que estivesse trapaceando, mentindo ou contando com uma forcinha da sorte, o garoto consegue provar que o destino lhe reservava aquilo tudo.

Qualquer comparação feita entre o vencedor do Oscar com Cidade de Deus, de Fernando Meiralles, entretanto, tira o diretor Danny Boyle do sério. Boyle afirma que já assistiu ao filme brasileiro quatro vezes e que sua intenção não era fazer um longa coincidente. Todavia, não há como negar que algumas cenas lembram muito o filme de Meirelles.

O Oscar 2009 está, com justiça, em boas mãos.


Felipe Pugliese

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