terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Resenha do filme O resgate de um CAMPEÃO






Olá meus caros leitores.


Há algum tempo, um colega de trabalho perguntou-me qual filme atual, na minha opinião, eu tinha gostado mais. Na hora eu não soube responder e disse que tentaria encontrar uma resposta em alguns dias. O tempo passou e parece que hoje eu a encontrei: O resgate de um CAMPEÃO.

O filme que conta com uma extraordinária participação de Samuel Jackson e Josh Hertnett, me trouxe inspiração, em plena madrugada, de criar um texto sobre seu enredo, que é demasiadamente muito bom. A trama consegue prender o telespectador de maneira que não fique, em momento algum, esmorecido.

A chamada do filme em sua capa, já nos mostra o que encontraremos durantes as duas horas que teremos pela frente: Uma fantástica história real, baseada em uma mentira.

Erik Kernan (Josh Hertnett) é um jornalista ainda no começo de carreira que escreve na editoria de esportes de um conceituado jornal dos Estados Unidos. No entanto, Kernan carrega contigo a fama de ser filho de um dos maiores jornalistas esportivos da história e, a todo o momento, tem que conviver com comparações a seu pai, fato que lhe deixa muito irritado. Além do mais, o jornalista vê que suas matérias no jornal estão cada vez perdendo mais espaço, consecutivamente, seu emprego também.

Consternado com esta situação, Kernan conhece um sem-teto que diz para todo mundo que é Bob Satterfield, um lendário boxeador americano que todos dizem já estar morto. Todavia, o enigmático personagem interpretado por Samuel Jackson encanta Kernan com suas estórias de quando era um pugilista e convence o novato jornalista que é realmente o grande Satterfield que todos afirmavam não viver mais.

Solícito para publicar esta incrível história, o jornalista procura o editor de uma revista e recebe o aval para criar um texto em cima desta situação. Porém, ao longo da matéria, Kernan descobre um outro lado humano existente em sua personalidade e se torna grande amigo do morador de rua.

Após labutar em cima do seu texto, a matéria tem uma repercussão imediata e gigantesca, pois é exposta logo na capa de uma revista. O novato jornalista vê sua vida mudar de uma hora para outra. Contudo, alguns boxadores históricos, ao lerem a matéria, vão atrás de dados e comprovam que o verdadeiro Satterfield está realmente morto. O mundo desaba sobre Kernan.

Ele havia sido enganado. Mas por quem? Um jornalista deve realmente considerar um morador de rua uma fonte profícua e confiável? Kernan revê seus conceitos e tem a concepção de que não soube colocar em prática todos os ensinamentos que teve na faculdade de jornalismo.

Além da lição profissional que o jornalista teve, ele também recebeu um aprendizado familiar, pois vivia iludindo seu filho de seis anos com mentiras sobre sua profissão, e acabou provando do próprio veneno com o falsário homem denominado Satterfield.

Para todos os que estudam jornalismo, assim como eu, este filme serve como uma grande lição, porque nos coloca diante da seguinte pergunta. Vale a pena fazer um jornalismo de má qualidade, chegando até a inventar uma verdade inexistente, para conquistar seu espaço?







Felipe Pugliese