domingo, 15 de março de 2009

Resenha do filme "Entre os muros da escola"


Olá meus caros leitores.



Um jovem mata, a tiros, 15 adolescentes em uma escola da Alemanha e logo após se suicida. A sociedade coloca novamente em xeque os métodos escolares de disciplinas utilizados para com os adolescentes. Justamente nesta semana, é lançado o filme “Entre os muros da escola”. Deixando o eufemismo de lado, o longa-metragem é um soco no estômago da educação pública francesa e talvez mundial.

Uma garota chega no final da aula, após o professor de Francês ter perguntado o que os alunos haviam aprendido no ano, e diz com toda a sinceridade de uma menina de 12 anos que não aprendeu nada. Esta cena explica com perfeição do que o premiado filme aborda em sua trama.

Dirigido pelo francês Laurent Cantet, “Entre os muros da escola” conquistou a Palma de Ouro na última edição do Festival de Cannes, um dos mais importantes prêmios do cinema atual, além de ser indicado ao Oscar como melhor filme estrangeiro.

Baseado no livro “Entre os muros”, de François Bégaudeau, o longa ocorre em sua maior parte dentro de uma sala de aula em uma escola do subúrbio de Paris, mais precisamente durante as aulas de literatura francesa. Contando com uma diversidade étnica muito grande dos alunos, o professor passa por situações constrangedoras com os solícitos estudantes, que pouco estão interessados em aprender uma literatura que não corresponde às histórias de seus países de origem.

O estopim do conturbado relacionamento entre professor-aluno acontece quando, já totalmente consternado com a falta de disciplina dos adolescentes, o educador insulta duas garotas às chamando de “vagabundas”.

Conflitos intrigantes e situações reais atraem a atenção do telespectador a todo instante, provando a qualidade do filme. Em meio a uma onda de filmes demorados, com enredos cansativos e complicados, “Entres os muros da escola” chega ao Brasil com a fama de melhor e mais proveitoso filme em cartaz em 2009.



Felipe Pugliese.